quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Rapte-me camaLEOA.


Estou lendo meu primeiro Mark Twain. Depois de algumas franzidas de testa por comentários racistas (devidos na história reconheço), e de algumas decepções, o sarcasmo Chandler Bing do cara finalmente me fisgou. Já o li no cursinho, entre as aulas, antes de dormir babando de sono, e é claro, nas dependências sanitárias, o que demonstra no mínimo duas urgências, a fisiológica e "twainística"...
Muitas metafóras e outras antíteses, descubro eu que Huck Finn gosta mesmo é das prosopopéias, alguma manifestadamente eróticas...No página 51, Huck elogia as qualidaddes de Emmeline, poetisa de morte precoce, para ele, gentil como uma pomba.
Fiquei pensando nisso várias horas, talvez porque minha mente divagante me permita essas inúmeras voltas ao redor de pensamentos pouco práticos...mas voltando..hehe:
Como é que é ser gentil como uma pomba?
Pombas não são seres gentis, pelo menos não para mim. Elas comem lixo, batem umas nas outras, infectam pessoas (merecidamente pois roubamos seu habitat), e principalmente, possuem filhotes ocultos. São inimigas de gatos, o que se comprova nas Guerras Jubônicas*, e são esteticamente harmonicas, bonitinhas, simpáticas, proporcionais, como a maioria das moçinhas de família de 40 e poucos quilos.
Eu não queria isso em minha lápide...gentil como pomba, só se fosse a gira, como todo respeito.
Gosto do caos interno e da luta, de baixos roucos e guitarras frenéticas, de portas batendo, e choros dramáticos. Adoro dizer não, e me desculpe, mas quando estou errada, o que reconheço facilmente....mas gentil? Gentil é acessório da vida, é algo que circunstancialmente exercemos quando a caçada da vida permite. Principal é a mudança, o movimento, coisa de Leoa, essa sim a essência de toda mulher, mesmo que esteticamente capivara, como eu.

*Guerras Jubônicas - Guerra travadas entre pombos e gatos pela hegemonia de arvóres e praças. Lideradas pela Almirante pretojubs, foram batizadas em homenagem à sua grande líder e vencedora.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

e daí? quem é Schopenhauer?

Primeiro eu sentia vergonha. Depois até um pouco de medo, mas hoje posso dizer que já tenho uma certa intimidade com uma coisa bem mais eficiente na vida de uma mulher do que uma bermuda anticelulite: a Filosofia.
Esquecida lá no colegial, lembrada nos tempos de faculdade, quando nossos seios ainda apontavam para cima, eu sempre quis conhecer, ou poder dizer que eu já tinha lido Schopenhauer.
Pensava comigo que nome engraçado, choupana, hauer, choupana de flauta...e outras mil coisas que com certeza não precisam de tóxicos ilícitos como chocolate pra mostrar que estamos viajando.
E não é que Schopenhauer é meio "brodinho", partner in life?
Digamos que se fizéssemos parte de uma esquadra, eu e este moço estaríamos no barco dos pessimistas.
Seu pensamento fala de fenômeno e Vontade como coisas importantes em nossas existências. E antes de voltarmos para o banco da sala de aula, vale citar o choupana flauta:

"A vontade, no entanto, não se manifesta como um princípio racional; ao contrário, ela é o impulso cego que leva todo ente, desde o inorgânico até o homem, a desejar sua preservação"

Engraçado que era tudo que eu precisava ouvir hoje. Vontade e pessimismo. Ou seja, se já tem tempo que seu chefe está em conflitos fabris com a esposa (mulher dormindo de calça jeans), preserve-se! Utilize sua vontade racional e dê um basta, não se esquecendo do pessimismo, pois se você for demitido pelo menos ganhou respeito, coisa que o Shoupy tinha, e um chopp dá também.

Tia Aretha é quem diga: R E S P E C T.



http://pt.wikipedia.org/wiki/Schopenhauer

domingo, 8 de novembro de 2009

oh vovó! o Lobo!


Já devo ter assistido O Feitiço da Lua umas trinta vezes. Em todas as vezes desejei ter um mecha de cabelos brancos para ser loretta, por uma noite.
Existem diversas teorias tentando explicar o comportamento feminino. Algumas tem fundamento, outras pura bobagem...mas então porque, aos homens parece ser tão difícil entender o que uma mulher quer?
Mulheres querem apenas uma coisa, o resto da vida de uma mulher com um homem é detalhe. Não interessa se ele prefere o jogo de futebol no domingo, do que ir ao cinema de mão dadas...não interessa se ele ronca e não costuma dar a descarga. Fazer você de empregada, para aquelas que gostam, também não vai ser muito importante, se apesar de tudo, ao olhar você seu amado tem olhos de lobo.
queremos ter a certeza que se cairmos, ou ele estará lá pra te ajudar a levantar, ou para cair junto com vc.... queremos ouvir de volta todos eu te amos, e queremos que ser a regra, não a exceção, não o detalhe.
Em O Feitiço da Lua, Loretta tem uma vida pronta, elas está prestes a se casar com o homem com o qual se relaciona há algum tempo, e tudo parece ter sentido, muito polido, maduro, consensual.
Apreciamos sim a consensualidade, quando dizemos não ao engraçadinho que insiste em uma cantada inapropriada, mas quando o assunto são os amados, queremos a sensação única, de que nada pode nos separar, de que estava escrito na estrelas, sentir-se surrupiada por um acaso viril que nos retira a escolha, somente se preservando a possibilidade de amar...como o lobo em busca de sua presa, que sabe que não haverá outro destino, senão a certa ceifa...irracional o bastante? não fosse assim o sentimento feminino, não precisaríamos do romance, e de toda sua intensidade...precisaríamos apenas de uma boa calculadora.