quinta-feira, 1 de março de 2012

Meu futuro filho gay.

Já tem um tempo que a maternidade me ronda. A idéia vem e volta como se eu não estivesse perto de completar sessenta anos. Nesses meus delírios maternos imagino muitas coisas. Imagino que meu filho vai ser menino, que vai me chamar de “véia” quando fizer 13 anos, que vai se oferecer para descarregar as compras de supermercado e que vai ser muito macho para ser gay. Na verdade, o que muita gente acha é que as duas coisas são opostas. Não são. Meu filho gay, como qualquer outra pessoa, vai ter que ter coragem para encarar um mundo vazio de Sentido como diria Nancy Huston. Vai ter que escalar degraus de ignorância em busca de espaço e escolher o lugar dele no mundo para ser amado e respeitado. Essa trajetória é a mesma para todos nós, independentemente do que se chama de orientação sexual, um conceito tão fora de moda quanto pochete de velcro.
Ele poderá ser jogador de futebol, maquiador, arquiteto ou professor, mas vai ser gay. Ora, gente, se gay em inglês significa feliz, alegre, a gente devia ter o direito de nascer assim: Muito, muito gay!

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