quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Tempinho?


Quando a gente é criança sabe bem a noção de espaço e de limite...do próprio, e somente este. Quando crescemos isso começa a mudar com todas as convenções sociais nos empurrando.

Como dizer para aquela tia folgada que você não aprecia muito saliva e chanel n.5 na sua bochecha? Ou como dizer para um amigo que ele tem mau hálito? Na adolescência a regra muda e tudo que queremos é ser populares...até mesmo nerds como "yo".

Pois é, basta lembrar daquele recreio na escola, quando alguém pegava mais bafinhas do que tinha direito, pra gente ativar a mão em sinal universal de Pare e colocar o outro infante no lugar. E se alguém tentasse conversar conosco na hora do Castelo? Ia ser ignorado com certeza, ou então ouvir o que a filha de um amigo disse para avó:

"Vovó eu não gosto que conversem comigo quando estou comendo. (sara, 4 anos)"

E então onde chegamos nessa lamúria anos 80 sem fim...quando somos adultos fica difícil dar um break. A interação é constante, e nem adianta lembrar das figurinhas de bafinho, não vai colar com seu chefe, namorado, pai, mãe ou família.

Mas as vezes temos que ser corajosos, como naquele dia em que vc chegou pro amigo folgado e disse:
" ai..a bola é minha, se eu não jogar vou levá-la embora."

em tempos de geração canguru, peter pan e coca-cola, não só os videogames devem ser resgatados, pedir um tempinho para o próprio emburramento, acredite, faz toda a diferença.




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