segunda-feira, 26 de abril de 2010

O pequeno Einstein.


Einstein não foi um homem pequeno. Pode até que tenha sido um pequeno homem, de alguns 160 centímetros, mas sua trajetória, de looser à sombra gigante, o tornou um homem grande, maior até mesmo do que ele gostaria de ter sido.
Eu também não sou grande. Não sou pequena já que o manequim 50 fala por si e talvez por causa desse manequim universo, sempre em expansão, é que tentei imitar mr. big em um pequeno experimento.
Não é segredo que parte de minhas moléculas precisam de um colóide específico para se manterem estáveis, e para quem pensa que a explosão nuclear ocasionada por este colapso é pequena, basta juntar a testa franzida e as respostas atravessadas de uma semana sem açúcar.
Eu gosto de brigadeiro. Gosto mesmo. Assumo isso como irmão que foge com a cunhada, como político que enche a cueca, como religioso que não lê a bíblia: é errado, imoral e engorda. Assim, tentei um experimento banal... fazer a criança no microondas.
Não preciso dizer muita coisa sobre o processo, porque já passa das onze, e a relevância do assunto é incontestável, mas o que eu queria dizer, como num romance de Tolstói onde o cavalo protagonista narra que "ensinou a si mesmo", é que eu utilizei a Física, apliquei-a, junto à Química, depois de mais de 10 anos de haver terminado o Colegial.
Descobri que o leite precisa de espaço para não derramar, e o que o vasilhame utilizado tem de conter duas ou três vezes o volume inicial do leite, aumentado pela agitação das partículas...olha a matemática se intrometendo também...quem diria.
No saldo, foram algumas 10 tentativas, 3 vasilhas e muita sujeira, mas consegui ensinar a mim mesma um método novo e inédito, pelo menos para mim, de fazer leite com toddy virar brigadeiro.
Não sei Einstein se sentiu assim como eu, mas provar um teorema, um metódo, um way of life, ou seja, aprender uma coisa nova todo dia é muito mais gostoso do que engolir abaixo outras coisas prontas. Aprender tem tudo a ver com brigadeiro, melhor ainda, não engorda.

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