sábado, 3 de julho de 2010

como um pássaro vermelho.



Olhe ao seu redor. Depressa. São quase meia noite e não quero que vc ache um fantasma.

Olhe, concentre-se...não vai passar voando nenhuma mancha vermelha, nenhum borrão escarlate, são quase meia noite e pássaros dormem cedo afinal. Não deviam dormir cedo, nunca, nossos amigos. Não sei porque nossos, porque entre eu e você leitor tem um universo de tecnologia.

A coisa é que pássaros vermelhos são muito raros na natureza, não são comuns, nem mesmo peculiares, são pequenos eventos, frágeis, mesmo que o vermelho de suas penas transmita alguma força, são pequenos corpinhos vulneráveis. Um pouquinho de Darwin, ou Dawkins e você pode compreender que para mirar, acertar e ceifar um passarinho vermelho é bem mais fácil que encontrar um pardal encardido em meio as vigas de madeira de uma varanda qualquer.

Achar um amigo verdadeiro, nem precisava ser vermelho, ou roxo, é coisa mais difícil ainda. Mestres no pseudo, a maioria das pessoas em nossa volta não podem ser consideradas amigas, pelo menos é o que eu penso, e eu tenho esse hábito de achar que posso pensar o que quiser, qualquer dia me estrepo.Tomara.

Mas então porque a natureza continua a produzir pássaros vermelhos, porque continuamos a procurar amigos? Vai saber...se há algum senso de mistério na vida, ele tem latitude e longitude.

Sempre achei um mistério crianças, crianças e amigos imaginários, crianças e o Barney...hehe, não há mistério algum, ser criança tem isso de bom, alguém pra dividir o lanche no recreio, alguém pra segurar sua mão através dos infernos vermelhos...esses sim cotidianos... mesmo que seja mais de meia noite.

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